Mindfullness e Caminho Espiritual
Hoje em dia está na 'moda' o mindfulness seja de forma individual ou empresarial.
Texto abaixo reflecte os seus pontos fortes e fracos no tocante à real evolução espiritual do homem.
O mindfulness já era ensinado por Evágrio, um Padre do Deserto Cristão do séc. IV, e como este mostrou que era uma parte integrante da viagem espiritual.
Ele via-o como um caminho para “purificar as emoções”, para as fazer retornar à sua essência pura original dada por Deus.
Sublinhava que, se não nos tornarmos conscientes da forma como as nossas emoções têm sido distorcidas pelas nossas experiências condicionadas e têm causado feridas no nosso ego, o nosso sentido superficial de identidade, não teremos a percepção de que as consequentes energias negativas, os nossos “demónios”, nos cegam para a nossa verdadeira realidade, para a dos outros e para a do(a) próprio(a) Deus.
Desta forma, eles irão impedir o nosso crescimento e a nossa transformação final num ser humano “plenamente vivo”.
Muitas pessoas começam com o mindfulness,
na nossa sociedade secular, pois ele reduz o stress – a
desgraça do nosso tempo – e, assim,
aumenta o sentido de
bem-estar e de harmonia consigo mesmo e com os outros, tornando
a vida no local
de trabalho mais descontraída e harmoniosa.
Nota: A maioria que hoje começa a fazer Mindfullness nem sequer pensa ou quer pensar em evolução espiritual e menos ainda sobre Religião.
Pela mesma razão, há apenas alguns
anos, a meditação ganhou grande popularidade e foi apresentada
com muita ênfase
pelos media.
Mas, devido ao enquadramento da meditação numa tradição espiritual, a atenção deslocou-se agora para o mindfulness, por causa da sua conotação supostamente livre de religião.
Porém, é interessante notar que Jon Kabat-Zinn, o primeiro a expor ao mindfulness, encontrou esta prática na tradição budista que seguia e apercebeu-se de que muitos dos seus doentes beneficiariam com a prática, mas poderiam ficar desencorajados por uma coisa abertamente religiosa.
O foco no presente, no Aqui e Agora, é uma parte essencial da prática do mindfulness, seja duma forma secular ou de forma espiritual.
São ambas benéficas no aumento da nossa consciência de nós mesmos, dos outros e do nosso ambiente e ajudando-nos a viver no mundo em que nos encontramos e a lidar com os problemas que estamos a experienciar.
Mas o mindfulness com um enquadramento espiritual leva-nos mais longe no caminho, ao tornar-nos atentos ao nosso ser/consciência como um todo e permitir-nos experienciar a nossa ligação integral com o Divino, que proporciona orientação, significado e propósito às nossas vidas e não só apenas a eliminar o nosso stress diário......
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